A planta de cannabis contém mais de 500 compostos naturais, incluindo canabinoides, terpenos e flavonoides. Os canabinoides mais conhecidos são o delta-9-tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD), embora a cannabis contenha mais de 140 canabinoides distintos. Os terpenos são compostos aromáticos que conferem à planta seu sabor e cheiro únicos, enquanto os flavonoides são um grupo de substâncias naturais que geralmente fornece pigmentação.
O delta-9-tetrahidrocanabinol (THC) é um composto químico da planta de cannabis e o canabinoide psicoativo responsável pela sensação de “high”. Demonstrou-se que o THC ajuda a reduzir a depressão e a ansiedade, melhora o sono, reduz inflamações, atenua náuseas e vômitos, alivia dores e equilibra o metabolismo. O THC pode afetar negativamente a memória de curto prazo, a coordenação motora e os movimentos. Também pode gerar a sensação de ansiedade e paranoia.
O Canabidiol, conhecido como CBD, é um tipo de canabinoide da planta da cannabis. O CBD não causa a intensa sensação de “high” típica do THC. As pesquisas mostram que o CBD pode ajudar a combater a ansiedade e a depressão, aliviar dores, inflamações, náusea e vômitos, e reduzir convulsões típicas de pacientes epilépticos. Alguns pacientes experienciam alterações negativas em seu estado mental como a diminuição da coordenação motora, dores de cabeça leves e sensação de sedação.
A maioria das cepas de cannabis que as pessoas ingerem hoje pertencem à espécie da Cannabis Indica, enquanto que a planta da Cannabis Sativa é usada industrialmente como cânhamo para produção de fibras, alimentos e extração de CBD. Muitos acreditam que as Sativas provêm uma sensação de ‘high” energizante, enquanto que as Indicas causam um “high” relaxante e tranquilizante. No entanto, a única diferença real entre a Sativa e a Indica é a sua aparência e tamanho: Sativas são mais longas, enquanto Indicas são mais encorpadas e baixas.
Canabinoides são um composto químico natural encontrado na planta de cannabis. Há mais de 140 canabinoides conhecidos, mas os de maior destaque são o delta-9-tetrahydrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD).
O efeito entourage refere-se à melhoria da eficiência dos preparados da planta de cannabis em comparação com o CBD e o THC isoladamente. Ou seja, a combinação de vários compostos da planta produz um efeito maior do que o de cada um individualmente. Assim, os produtos de cannabis full spectrum são mais terapêuticos do que seus componentes isolados. A existência do efeito entourage foi clinicamente comprovado, mas a ciência ainda pesquisa de que forma ele acontece.
A cannabis contém THC, o canabinoide psicoativo responsável pela sensação de “high” obtida com o uso da cannabis. O cânhamo, por outro lado, contém apenas traços de THC – geralmente, menos do que 0,33%, longe de ser o suficiente para causar efeitos intoxicantes.
Terpenos são um tipo de hidrocarboneto que pode ser encontrado em diferentes plantas, incluindo a cannabis. Os terpenos são responsáveis pelos aromas e sabores das várias espécies de cannabis. Há pelo menos 150 tipos de terpenos presentes em cada um de seus fenótipos.
O sistema endocanabinoide (SE) é um sistema de mensageiros e receptores envolvidos na regulação de várias funções vitais do organismo, incluindo dores, sistema imunológico, sono e termorregulação. O corpo humano produz seus próprios canabinoides, denominados endocanabinoides, que são os mensageiros do SE. Há fitocanabinoides encontrados nas plantas da cannabis que imitam os efeitos de alguns endocanabinoides.
A cannabis tem se mostrado eficiente no alívio da dor, ansiedade, depressão, náusea e inflamação. O THC reduz a depressão e a ansiedade, ajuda o sono e a inflamação, alivia náusea, vômitos e dores, e melhora o metabolismo. As pesquisas mostraram que o CBD pode ser útil na redução da ansiedade, depressão, dor, inflamação, náusea e vômito, além de minimizar convulsões em pacientes epilépticos, entre outros benefícios.
Estamos apenas arranhando a superfície das pesquisas científicas. Em 2010, 174 artigos sobre cannabis medicinal foram publicados; até julho de 2019, foram 837. Todo mês há novos estudos sendo divulgados, afetando a forma como consideramos a maconha enquanto ferramenta de cura. Você pode encontrar uma série de pesquisas aqui, no Cannigma.
Os quadros clínicos qualificados para o tratamento com a maconha medicinal diferem de Estado para Estado, e de país para país. É importante você verificar as leis locais e, juntamente com seu medico, descobrir quais doenças específicas estão qualificadas em sua região.
Pesquisas apontaram que o CBD é útil no tratamento de ansiedade, depressão, psicose, dependência, dor e inflamação crônica, epilepsia e náusea / vômito.
É possível que a cannabis – em especial cepas e produtos com alto teor de THC – impacte negativamente a memória de curto prazo, afete o movimento e a coordenação, provoque sensações de ansiedade e paranoia, aumente o apetite e a sonolência, além de causar alterações de percepção.
Embora seja possível consumir cannabis em grandes quantidades e assim experimentar confusão, angústia emocional, náusea e aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, é praticamente impossível morrer de uma overdose de marijuana. Um juiz federal dos EUA escreveu em uma decisão sobre o assunto que “isso exigiria fumar entre 20.000 a 40.000 cigarros no espaço de 15 minutos”.
A maconha medicinal pode ser inalada na forma de fumaça ou vapor, ingerida na forma de comestíveis ou cápsulas, aplicada topicamente na forma de pomadas, cremes, colírios ou adesivos, bem como via supositório.
Vaporização refere-se ao processo de aquecer gradualmente as flores ou extratos de óleo de cannabis a uma temperatura alta o suficiente para liberar canabinoides, terpenos e compostos vegetais, mas baixa o suficiente para evitar a combustão rápida. Comparado ao fumo, a vaporização da maconha resulta em uma experiência mais suave. Os vaporizadores podem variar de pequenas “canetas” a grandes dispositivos de mesa.
Comestíveis atuam muito lentamente, fazendo com que alguns ingiram grandes quantidades desnecessariamente. Por esse motivo, os alimentos ricos em THC estão relacionados com o aumento das visitas aos prontos-socorros hospitalares. A melhor estratégia é verificar o rótulo nutricional de seu comestível quanto ao teor de canabinoides e garantir que você não exceda sua dose normal. O senso comum diz “comece devagar e vá devagar”. Ou seja, inicie com uma dose baixa e aguarde pelo menos uma hora antes de consumir mais.
Embora não tenha sido encontrada uma ligação direta entre o consumo de cannabis e o câncer de pulmão, fumantes contumazes de cannabis podem sofrer irritações respiratórias, incluindo tosse, chiado e aperto no peito. No caso da ocorrência desses sintomas, recomenda-se mudar para outros métodos de consumo, como vaporização ou comestíveis.
Os tópicos de cannabis estão disponíveis em forma de loções, bálsamos, óleos e adesivos transdérmicos. Os tópicos são aplicados diretamente na pele para proporcionar alívio localizado de dor, ferimento ou inflamação. Os tópicos de cannabis são não intoxicantes.
A palavra homeostase provém dos termos gregos homeo, que significa “semelhante” ou “igual”, e stasis, que significa “estável”. Essencialmente, refere-se a um estado de estabilidade, equilíbrio ou harmonia no corpo, muito embora o termo também possa ser aplicado ao equilíbrio interno de células ou outros sistemas. Em seres humanos, a manutenção da homeostase é a maneira pela qual nossos sistemas naturais mantêm as condições do corpo ideais para nossa saúde e bem-estar. À medida que as condições mudam, interna ou externamente, mecanismos entram em ação para garantir que nosso organismo não sofra com a mudança.
Uma dos empregos mais comuns da cannabis medicinal é para o alívio da ansiedade, e os pacientes que a utilizam com esse fim relatam o “efeito bifásico”. Enquanto alguns afirmam que a cannabis tem sobre eles um efeito calmante, outros sentem-se mais ansiosos, criando inclusive uma sensação de paranoia. Isso é atribuído principalmente aos efeitos bifásicos do THC sobre a ansiedade, e foi demonstrado experimentalmente em diferentes experiências.